Faial entre as ilhas mais afetadas, no Porto da Horta, a situação agravou-se por volta das 4h da manhã, quando o aumento súbito da intensidade do vento comprometeu a segurança das embarcações. Algumas acabaram por abandonar o porto, em busca de locais mais seguros. Foram ainda registadas 24 ocorrências, na sua maioria relacionadas com quedas de árvores. Uma destas quedas atingiu uma residência, obrigando ao realojamento dos três habitantes. Algumas estradas encontram-se cortadas, dificultando o trabalho das equipas no terreno.
O presidente da Câmara Municipal da Horta afirmou que “ainda existem muitas horas de trabalho pela frente”, numa referência ao esforço necessário para restabelecer a normalidade na ilha.
Na ilha de São Jorge, após cerca de duas horas de relativa melhoria, o estado do tempo voltou a agravar-se com vento forte, chuva intensa e forte ondulação, sobretudo a partir das 3h da manhã.
De acordo com o comandante dos Bombeiros da Calheta, foram registadas quatro ocorrências, maioritariamente quedas de árvores. O responsável sublinha que, apesar da intensidade do fenómeno, as piores previsões não se confirmaram e o cenário deverá começar a acalmar nas próximas horas.
Na ilha do Pico, mais concretamente nas Lajes do Pico, a presidente da câmara destacou que, na última hora, a mudança do vento para o quadrante norte causou um aumento significativo da sua intensidade, deixando o mar muito alteroso dentro da marina.
Registaram-se danos em telhados de habitações, com telhas arrancadas, bem como a queda de uma árvore, sem registo de feridos.
As autoridades apelam à população para continuarem a seguir as recomendações da proteção civil e evitarem deslocações desnecessárias, especialmente junto à orla costeira e zonas de risco.
A previsão meteorológica indica que as condições adversas poderão manter-se ainda até as 9 da manhã.
MTop | Foto: RP/MTop
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