“Estamos prontos para finalmente ultrapassar velhos horizontes de esperança e concretizar uma nova ambição para Ponta Delgada, assente na confiança do trabalho que vamos desenvolver”, afirmou o autarca, na cerimónia de tomada de posse dos membros da Câmara e da Assembleia Municipal, realizada no Coliseu Micaelense.
O PSD, que governa Ponta Delgada há 32 anos consecutivos, obteve três vereadores, os mesmos que o Movimento Independente Ponta Delgada Para Todos, enquanto o PS e o Chega elegeram dois e um vereador, respetivamente.
Nascimento Cabral assegurou que o novo ciclo autárquico será pautado por “transparência na gestão”, “eficácia na execução” e uma câmara que saiba “ouvir, dialogar e responder”.
“À oposição democrática formulo votos de um bom trabalho, evidenciando por parte do executivo camarário uma disponibilidade total para o diálogo institucional, no sentido de assumir posições que possam influenciar positivamente a vida de todos”, declarou.
O autarca destacou a habitação como “prioridade estratégica”, reiterando o objetivo de construir “cerca de 200 soluções habitacionais” ao longo do mandato.
Na área da segurança, prometeu dotar os agentes da Polícia Municipal de armas elétricas e alargar a rede de videovigilância.
Em mobilidade, insistiu na construção de uma central de camionagem nos antigos terrenos da SINAGA e na melhoria das acessibilidades à freguesia dos Mosteiros, em articulação com o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).
No setor cultural, reafirmou o compromisso de fazer de Ponta Delgada Capital Portuguesa da Cultura 2026 “um exemplo de dinamismo e ambição”. O autarca anunciou ainda a construção de um novo campo de futebol e de um pavilhão multiusos para acolher eventos sociais, desportivos, culturais e económicos.
No final da cerimónia, Sónia Nicolau, vereadora sem pelouro do movimento Ponta Delgada Para Todos, considerou que o presidente “fez um discurso em 2025 como se tivesse tido os resultados de 2021”, criticando a ausência de diálogo prévio entre os vereadores.
“O que ouvimos hoje no discurso foi o contrário do diálogo total. O diálogo total implicaria que antes do dia de hoje tivéssemos falado e debatido o futuro de Ponta Delgada”, afirmou Nicolau.
Já o socialista Rui Meneses prometeu “trabalhar com todos” e considerou que os resultados das eleições representaram “um cartão amarelo dos eleitores” à governação social-democrata, sublinhando que o PS pretende “construir pontes e parcerias”.
O vereador único do Chega, José Pacheco, criticou o “enumerar de promessas” no discurso do autarca e assegurou que manterá um “papel fiscalizador” ao longo do mandato.
A mesa da Assembleia Municipal, liderada por Cláudio Almeida (PSD), foi eleita com 75% dos votos dos deputados municipais.
MTop | Foto: MPDL
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