Segundo a parlamentar socialista, dados do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) mostram que a taxa de risco de pobreza ou exclusão social situa-se em 28,4%, tornando os Açores a região do país com maior incidência de pobreza. Já a taxa de risco de pobreza após transferências sociais é de 24,2%, valor muito acima da média nacional, que é de 17%.
Cristina Calisto salientou que estes números demonstram que, apesar da redução de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), tal “não se traduz numa melhoria efetiva das condições de vida das famílias”.
“A acompanhar a diminuição do número de beneficiários do RSI, tem aumentado o recurso a outros apoios pecuniários, como o subsídio de precariedade económica e a Prestação Social para a Inclusão”, referiu a deputada.
De acordo com a socialista, dados do Banco Alimentar confirmam também o aumento do número de famílias que recorrem à ajuda alimentar, incluindo muitas encaminhadas diretamente pelo Instituto da Segurança Social dos Açores.
Perante esta situação, o PS/Açores exige que o Governo Regional esclareça que medidas estão em curso para apoiar as famílias em maiores dificuldades, e se existe um plano de monitorização das novas vulnerabilidades sociais, incluindo as que atingem agregados de rendimento médio.
O partido pediu ainda informações sobre o número de famílias que recorreram ao subsídio de precariedade económica e à Prestação Social para a Inclusão entre 2022 e setembro de 2025, bem como os montantes atribuídos.
“Para o PS/Açores, o compromisso em defender políticas eficazes, que respondam à realidade das famílias e assegurem maior dignidade e estabilidade social no arquipélago, continua a ser uma prioridade”, concluiu Cristina Calisto.
MTop | Foto: PS-A
|