Artur Lima defende redução da idade da reforma e aponta desafio de aumentar esperança de vida nos Açores
🕒 2025-10-03
O Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, alertou esta quinta-feira, em Ponta Delgada, para a menor esperança média de vida no arquipélago face a Portugal continental, defendendo a redução da idade da reforma para os açorianos em dois anos e oito meses.
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“A nossa esperança média de vida diminuiu e isso deixa-me profundamente entristecido”, afirmou, acrescentando que “vivemos menos na esperança de vida à nascença e a partir dos 65 anos”. Para o governante, esta diferença exige uma resposta do Estado português, enquanto responsável pela equidade entre cidadãos, independentemente de viverem “no Corvo ou em Lisboa”.
Artur Lima sublinhou que a Anteproposta de Lei apresentada pelo Governo Regional visa corrigir essa desigualdade: “Os açorianos devem reformar-se na idade justa. É uma questão de justiça, de equidade social e de direito”.
Apesar de salientar que os idosos vivem com mais qualidade de vida nos Açores, fruto do investimento em lares, IPSS e centros de dia, o Vice-Presidente frisou que é preciso apostar em áreas estruturais ligadas aos determinantes da esperança de vida.
Durante a sessão de abertura do evento “Rumo às Blue Zones: Como a Transformação Digital Promove a Longevidade”, promovido pelo INOVA – Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores, Artur Lima destacou ainda o programa “Novos Idosos”, que permite envelhecer em casa e junto da família, considerando-o “absolutamente estrutural” para a Região e revelando que o inquérito de satisfação atingiu os 100%.
O governante lembrou que o conceito de Blue Zones, aplicado a cinco regiões do mundo com elevada longevidade — Okinawa (Japão), Sardenha (Itália), Nicoya (Costa Rica), Icária (Grécia) e Loma Linda (EUA) — deve servir de inspiração aos Açores. “São histórias de sucesso sobre hábitos saudáveis, propósito, pertença e valorização da vida familiar”, disse, defendendo um esforço conjunto, político, económico e social para transformar estruturalmente a sociedade açoriana.
MTop | Foto: GACS
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